[Resenha] O Castelo das Águias – Ana Lúcia Merege

Título: O Castelo das Águias
Autora: Ana Lúcia Merege
Editora: Draco
Ano de publicação: 2011
Número de páginas: 192
ISBN: 9788562942204

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Livro cortesia da Editora Draco, parceira do Blog da Literatura.

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Sinopse: O Castelo das Águias, romance fantástico de Ana Lúcia Merege, é um lugar especial. Localizado nas Terras Férteis de Athelgard, região habitada por homens e elfos, abriga uma surpreendente Escola de Magia, onde os aprendizes devem se iniciar nas artes dos bardos e dos saltimbancos antes de qualquer encanto ou ritual.
Apesar de sua juventude, Anna de Bryke aceita o desafio de se tornar a nova Mestra de Sagas do Castelo. Aprende os princípios da Magia da Forma e do Pensamento e tem a oportunidade de conhecer pessoas como o idealizador da Escola, Mestre Camdell; Urien, o professor de Música; Lara, uma maga frágil e enigmática, e o austero Kieran de Scyllix, o guardião das águias que mantêm um forte elo místico com os moradores da fortaleza.
Enquanto se habitua à nova vida e descobre em Kieran um poço de sentimentos confusos e turbulentos, uma exigência do Conselho de Guerra das Terras Férteis põe em risco a vida e a liberdade das águias Com o apoio de Kieran, Anna lutará para preservá-las, desvendando uma trama de conspiração e segredos que envolvem importantes magos do Castelo.

 

O Castelo das Águias é o primeiro livro de Ana Lúcia Merege. Trata-se de um romance de fantasia povoado por personagens mágicos como elfos, águias e outros seres mitológicos além de humanos que convivem também com a magia. A obra de Merege retoma o imaginário medieval europeu percebemos algumas influências de outros escritores de literatura fantástica, mas a autora conseguiu criar um mundo bastante particular e interessante.

A história de O Castelo das Águias é narrada em primeira pessoa pela personagem Anna, da cidade de Bryke, mais precisamente da Floresta dos Teixos. Esses locais fazem parte do mundo fictício de Athelgard, essa ilha do mapa abaixo. Aliás, ao ver esse mapa, confesso que fiquei bastante entusiasmada pois AMO mapas que retratam lugares literários. Quando leio as narrativas de fantasia, costumo retornar à página do mapa para entender a trajetória dos personagens e com esse livro não foi diferente. Só por essa imagem o livro já merecia o meu DEZ porque ela realmente faz nós nos conectarmos ao texto.

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Mas, voltando ao enredo, o texto inicia com Anna chegando a Vrindavahn, local em que assumirá o posto de Mestre de Sagas (tipo uma professora de literatura antiga, a disciplina trata das origens de Athelgard, pelo que compreendi) na Escola de Artes Mágicas do castelo. O Castelo das Águias é um espaço repleto de lendas, mistérios e belezas e, muitas de suas histórias vêm das águias que batizaram o castelo. A trama principal gira em torno de uma disputa política pelo controle dessas águias. Elas, quando bebem da água de uma fonte especial, adquirem propriedades mágicas que as tornam suscetíveis a encantamentos, transformando-se em águias guerreiras, muito úteis nos períodos de guerras. As águias vivem no território do castelo justamente para que estejam próximas a essa fonte, cujo encantamento pode trazer terríveis consequências a esses animais caso eles se afastem por um longo período após a transformação e, também, para que não caia nas mãos de indivíduos que não saibam usar o encantamento de forma responsável. Ou seja, se alguém quiser o controle das águias, deverá consultar um Conselho de representantes locais e, em reunião, o assunto é resolvido.

Então, a grande questão da obra é essa. O Conselho de Scyllix envia representantes a Vindravahn solicitando mudanças: querem deixar as águias à disposição, mesmo em tempos de paz.

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XAMÃ (8)  -  25.08.10  BLOG (1)
Anna de Bryke ou Anna dos Lobos. Imagem retirada do blog de divulgação da saga. (http://castelodasaguias.blogspot.com.br/)

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Anna de Bryke chega ao castelo frente a todas essas situações. Ao mesmo tempo que a personagem deve se adaptar ao local e às pessoas com quem convive, ela se vê no centro das decisões importantes da escola. Anna conhece os demais professores e um em especial chama-lhe a sua atenção: Kieran, o Mestre de Magia da Forma e do Pensamento. Anna apaixona-se por Kieran e descobre que ele é o antigo Mestre das Águias, da cidade de Scyllix.

A partir daqui a história possui alguns acontecimentos inesperados que só podem ser detalhados através da experiência da leitura. O livro é realmente impressionante e nos traz diversos assuntos: religião, casamento, o papel da mulher nessa sociedade fictícia, etc. Essas questões revelam-se muito importantes já que definem as ações e os pensamentos dos personagens. A religião, por exemplo, é essencial para compreendermos algumas atitudes de Anna, cujas crenças estão relacionadas ao clã a que pertence. Anna habitava a floresta, logo, adota algumas práticas mais voltadas à natureza. É seguidora do Espírito do Lobo, tendo esse animal tatuado em seu braço, representando sua “fé”. No entanto, algumas práticas são mal vistas pelos outros habitantes do castelo, trazendo algumas discussões e incomodações à protagonista.

Outro fato que me chamou a atenção nessa sociedade criada por Ana Lúcia Merege é o estranhamento dos professores porque Anna de Bryke é humana. Escrevo a palavra “humana” como uma característica importante da protagonista porque a obra possui personagens centrais que são elfos ou são originários de povos elfos. Convivem, então, três povos: elfos, meio-elfos e humanos. Algumas cidades e aldeias de Athelgard foram fundadas por elfos, outras pelos homens. Pelo que entendi, ao menos nesse livro, os povos costumam viver pacificamente, cada um conforme as regras estabelecidas em cada cidade. Anna é uma humana em um local onde a profissão de Mestres é predominantemente ocupada por elfos. A personagem percebe que deverá impor-se de alguma forma para que possa atuar no castelo mesmo com suas crenças e hábitos diferentes.

Eu poderia citar outros pontos igualmente interessantes da obra, no entanto, prefiro fazer um convite: abra o livro! Impossível não ser transportado para Athelgard através das encantadoras palavras de Ana Lúcia Merege. O livro é realmente fascinante!

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Visite também o blog do livro, administrado pela autora Ana Lúcia Merege, que possui diversos texto e imagens que auxiliam o leitor a mergulhar no mundo de Athelgard.

O Castelo das Águias já possui uma continuação chamada A Ilha dos Ossos, publicada pela Editora Draco.

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Boa leitura a todos e até a próxima!

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assinatura ana karina

 

 

5 thoughts on “[Resenha] O Castelo das Águias – Ana Lúcia Merege

  1. Nossa, eu adoro livros assim com seres mitológicos e histórias que se passam na era medieval. Essa obra em questão me chamou muito a atenção, com certeza já irá para a minha listinha de desejados no Skoob hahah parabéns pela resenha flor, muito informativa e me cativou muito a principalmente comprar o livro, apesar de eu já gostar desse tipo de história. Grande beijo!

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  2. Adoro esses livros com seres mitologicos e historias q se passam na era medieval sao muitos bons mesmo ja vou colocalo na lista de desejo …..sou apaixonada por livros amo mesmo de paixao minha estante ja nao caber mais ….kkkkkkk conserteza esse livro vai ter muita aventura ja to ansiosa pra ler

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